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A transformação do “novo normal”

Já se passou mais de um ano desde o início da pandemia e do isolamento social. E, pelos fatos e acontecimentos, incluindo as diferentes velocidades de imunização em todo mundo, viveremos assim por mais um tempo. No entanto, já é possível perceber que a ciência venceu. Agora é uma questão de tempo para que a vida volte à normalidade.

Postado em 24 de junho de 2021

Já se passou mais de um ano desde o início da pandemia e do isolamento social. E, pelos fatos e acontecimentos, incluindo as diferentes velocidades de imunização em todo mundo, viveremos assim por mais um tempo. No entanto, já é possível perceber que a ciência venceu. Agora é uma questão de tempo para que a vida volte à normalidade.

Ou não? Ao longo desses 14 meses, muito tem se falado do “novo normal” e como será a vida após pandemia. Diversos “gurus” e “early adopters” arriscam algumas possibilidades para este novo normal: viagens de negócios fadadas ao fim, escritórios sendo devolvidos, home office como o “modo operante” em definitivo e por aí vai.

Mas, se estamos construindo este novo normal ainda, não seria prematuro apostar em como de fato as empresas e a sociedade estarão no mundo pós pandêmico? A primeira análise que faço é que estas predições têm grandes chances de estarem erradas e, por isto, cabe a nós líderes sermos cautelosos nos movimentos empresariais para que, no futuro, estejamos preservados e não percamos nossa essência e o que nos distingue.

É fato que a mobilidade, conveniência, flexibilização, aproximação de casa e trabalho fará sim parte deste novo normal que está em construção. Mas, assumir, por exemplo, que uma determinada forma predominará é, no mínimo, incoerente com o que nos trouxe até aqui, com a essência humana (que também está em transformação) e com os fatos.

Vejamos: no âmbito empresarial a célebre frase de Peter Drucker, “a cultura devora a estratégia no café da manhã”, sempre foi (e ainda é) levada muito a sério pelas organizações. Tanto que perceptivelmente empresas bem-sucedidas têm investido muito na preservação e evolução da cultura organizacional. Em contraponto, as corporações que crescem rápido ou que estão dispersas geograficamente sempre foram objeto de estudos por escolas de negócio visto os nítidos fracassos de performance e continuidade de negócios, frente a falta de uma cultura coesa.

Não podemos esquecer que o ser humano é relacional. Vários estudos mostram que o nível de felicidade das pessoas, bem como sua saúde e longevidade, estão intimamente atrelados a quantidade de relações humanas, amigos e viagens. E para onde foi tudo isto?

Por um outro lado, o isolamento social tem provocado muitas reflexões nas pessoas. Um movimento recente nos Estados Unidos, chamado YOLO (you only live once) - em português “você vive somente uma vez” - tem promovido em muitos executivos e profissionais mudanças significativas na maneira de viver e ver a vida.

A tecnologia tem auxiliado as empresas a manter seus negócios e conectar pessoas e time e, sem dúvida, essa transformação está em forte movimento. E agora temos a oportunidade de unir os dois mundos. E já existe um anseio global por isso, o que significa, ter a vida de volta, tal como era antes, mas incorporando todas as coisas boas que aprendemos e conquistamos durante a pandemia.

Portanto, vamos juntos construir este novo normal e aprender com tudo isto, sem levantar uma bandeira única. Afinal, isto seria ter a rigidez da qual há tanto tempo temos tentado escapar e, sem falar, que continuaríamos sem um grande propósito, que é o cerne das famílias e das empresas de sucesso.

por Marcelo Lorencin - Presidente da Apeti (Associação dos Profissionais e Empresas de Tecnologia da Informação)


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