por Marcelo Lorencin
No início de abril, comemora-se a Semana da Saúde e o Dia Nacional de Mobilização pela Promoção da Saúde e Qualidade de Vida. O objetivo é lembrar que a manutenção da vida de forma plena e saudável é a base da medicina em seus diferentes campos de atuação, além de nos alertar que investir na prevenção é uma das principais soluções para o equilíbrio do sistema de saúde no Brasil e todos os demais países.
Atualmente, o setor de Saúde vem trabalhando para que a prevenção e a humanidade sejam o foco em todas as suas áreas - e a medicina diagnóstica se mostra como um elo de extrema importância. Afinal, o setor é responsável por 70% das decisões médicas e, quanto mais cedo diagnosticada uma doença, maiores são as chances do paciente se curar. Quanto mais se previne, menos se adoece.
Para isso, novas tecnologias são usadas para melhorar a precisão e eficiência dos diagnósticos. Por meio da comunicação entre as diversas tecnologias e dados disponíveis, é possível traçar a jornada do paciente para uma melhor aplicação de tratamentos, promovendo saúde de forma mais assertiva, além de mensurar se estamos no caminho certo para alcançar a longevidade sem perder a qualidade de vida.
Com a pandemia de COVID-19, os investimentos em tecnologia diagnóstica começaram a ser percebidos por toda a população. A própria telemedicina mostrou como as tecnologias da informação podem ser poderosas para atender a alta demanda de mais de 200 milhões de habitantes. A necessidade de garantir a eficiência operacional dos centros de diagnósticos ficou cada vez mais evidente e o acesso facilitado à múltiplas fontes de informação empoderou os pacientes, cada vez mais críticos com o sistema de saúde em si e mais atentos a seus hábitos e saúde.
O setor de medicina diagnóstica está respondendo a essa demanda, oferecendo testes personalizados, serviços sob medida para as necessidades individuais dos pacientes e se expandindo para além dos testes tradicionais de laboratório, incluindo serviços como medicina nuclear, imagem e genética, o que proporciona mais qualidade e assertividade no diagnóstico e permite uma abordagem abrangente para tomadas de decisão.
É o futuro da medicina acelerado por uma pandemia que durou dois anos, potencializou uma cultura de valorização da inovação e encorajou equipes a buscarem novas oportunidades, sempre com foco nas pessoas e na prevenção de doenças de forma constante. Em outras palavras, digo que a tecnologia também é de extrema relevância no ambiente interno, pois apoia a medição de indicadores-chave de desempenho (KPIs), o que reflete no atendimento ao paciente. A organização pode usar essas métricas para avaliar seu desempenho e fazer ajustes conforme necessário.
Em pouco tempo, o setor de medicina diagnóstica sentiu a importância de imergir no mundo da tecnologia, que já vinha sendo muito observada, mas que foi, principalmente nos últimos dois anos, estimulada a entrar em cena de maneira mais ostensiva. O futuro da medicina é a aplicação de recursos digitais - e trabalhamos para que essa transformação aconteça de forma rápida, segura e humanizada.
Marcelo Lourencin, Diretor-presidente da Apeti (Associação dos Profissionais e Empresas de Tecnologia da Informação)
https://www.diariodaregiao.com.br/opiniao/artigos/tecnologia-e-medicina-diagnostica-para-servir-a-vida-1.1061331