O projeto Start Tech está capacitando jovens da Fundação Centro de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente (CASA) de São José do Rio Preto em tecnologia, visando facilitar sua inserção no mercado de trabalho. A iniciativa, conduzida pela Associação dos Profissionais e Empresas de Tecnologia da Informação (Apeti), em colaboração com a Vara da Infância e Juventude da cidade, atende oito jovens de 14 a 18 anos. Com aulas semanais às sextas-feiras no Parque Tecnológico de Rio Preto, os participantes terão um total de 56 horas de formação.
Iniciada em agosto e com duração até o fim de novembro, a iniciativa contempla aulas de infraestrutura de tecnologia, oferecendo uma formação inicial em temas como redes, wi-fi e hardware. As chamadas “soft skills”, habilidades ligadas à esfera comportamental da pessoa, também são trabalhadas no projeto, com aulas sobre temas como comunicação e inteligência emocional.
Participam do Start Tech tanto jovens que cumprem medida socioeducativa de internação na Fundação CASA quanto em semiliberdade e de liberdade assistida. A escolha dos participantes levou em conta critérios como bom comportamento e interesse no tema.
De acordo com Yonei Scotelari, diretora da Pasta Social da Apeti, a proposta é abrir oportunidades para esses jovens. “O Start Tech é um convite para os jovens conhecerem a área de tecnologia, que está em franco desenvolvimento e precisando muito de profissionais qualificados e engajados”, declara.
Para o Juiz da Vara da Infância e Juventude de Rio Preto, Dr. Evandro Pelarin, a parceria com a Apeti é muito importante para a justiça da infância e juventude. “Os meninos atendidos pelo projeto Start Tech têm contato pela primeira vez com um ambiente tecnológico e inspirador, o que pode nos ajudar muito na socioeducação”.
A presidente da Fundação CASA, Claudia Carletto, também destacou a importância da iniciativa: “A capacitação proporcionada pelo projeto Start Tech é fundamental para ampliar as perspectivas de futuro dos jovens em medida socioeducativa, oferecendo ferramentas que favorecem sua autonomia, inclusão no mercado de trabalho e, sobretudo, sua reintegração social de forma digna e transformadora”.
Sobre a Fundação CASA
A Fundação Centro de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente (CASA), vinculada à Secretaria de Estado da Justiça e Cidadania, aplica medidas socioeducativas conforme o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e o Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (SINASE). Atendendo jovens de 12 a 21 anos incompletos em São Paulo, a Fundação executa medidas de privação de liberdade e semiliberdade, determinadas pelo Poder Judiciário, com base no ato infracional e na idade dos adolescentes, garantindo os direitos previstos em lei, pautando-se na humanização, e contribuindo para o retorno do adolescente ao convívio social.
Sobre a Apeti
No final de 2002, um grupo de empresários de TI se uniu com o objetivo de criar o CTRP (Centro Tecnológico de Rio Preto), um condomínio empresarial voltado ao desenvolvimento tecnológico regional. Esse movimento revelou uma vocação latente na região e gerou a necessidade de uma associação que unisse o setor. Foi assim que, em setembro de 2003, nasceu a APETI (Associação dos Profissionais e Empresas de Tecnologia da Informação) em São José do Rio Preto (SP), com a missão de representar e fortalecer o setor de TI na região. Desde então, a Apeti vem dando voz ao setor, promovendo a cooperação e o compromisso entre empresas, setor público, universidades e outros parceiros essenciais para o avanço tecnológico local. A entidade representa empresas que empregam diretamente mais de 20 mil pessoas, numa indústria limpa, comporta por capital intelectual, com soluções que impactam nacionalmente e até internacionalmente.
Mais informações em: https://fundacaocasa.sp.gov.br/.